Marcos 10: 26-27
26E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se? 27Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.
Queridos irmãos e irmãs, um dos princípios mais claros na Bíblia é o fato de o ser humano não poder adquiris a salvação por si só, somente a crença e confissão no sangue de Jesus Cristo pode perdoar nossos pecados e nos permitir a entrada no Reino de Deus.
Isso não significa, no entanto, que aquilo que fazemos não influencia nosso destino na eternidade. Este entendimento é muito profundo e precisa estar firme em nosso coração. Fazer boas obras para ser salvo é inútil, mas fazer boas obras porque somos salvos é uma bênção!
A primeira situação reflete a intenção de comprar a salvação enquanto a segunde reflete a intenção de agradecer pela salvação e valorizá-la.
Hoje analisaremos um ensinamento importante de Deus aos israelitas que também continua válido para nós, pois Deus não muda seus princípios. Hoje vamos aprender que as Obras do Passado não Definem o Futuro!
Ezequiel 33: 10-11
10O Senhor me disse o seguinte: — Homem mortal, repita aos israelitas o que eles andam dizendo: “Os nossos pecados e maldades são um peso para nós. Estamos nos acabando. Como podemos viver?” 11Diga-lhes que juro pela minha vida que eu, o Senhor Deus, não me alegro com a morte de um pecador. Eu gostaria que ele parasse de fazer o mal e vivesse. Povo de Israel, pare de fazer o mal. Por que é que vocês estão querendo morrer?
Em primeiro lugar lemos Deus esclarecendo seu desejo: que o pecador pare de pecar e viva! Assim como um bom pai e uma boa mãe não se alegram em castigar um filho, mas o fazem para que este se corrija, Deus não se alegra com a morte de um ser humano pelo pecado e quer corrigi-lo. No novo testamento temos a confirmação desta vontade de Deus:
1Timoteo 2: 3-4
3Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, 4que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.
Este desejo de Deus é tão intenso que o fez enviar Jesus Cristo a nós para, definitivamente, nos convencer disto. Jesus enquanto homem nos mostrou como podemos nos aproximar do Senhor buscando insistentemente viver uma vida reta. Ele mesmo nos ensinou sobre a impossibilidade de viver fora do pecado quando em Mateus 5: 17-48 deixou vários exemplos de tropeço para o ser humano.
Mas o Reino de Deus não é como o reino dos homens. A justiça de Deus não se baseia em fatos do passado, mas em intenções do presente. Leiamos a palavra de Deus:
Ezequiel 33: 12-13
12— Agora, homem mortal, diga aos israelitas que, quando um homem correto pecar, o bem que ele fez não o salvará. Se um homem mau parar de fazer o mal, ele não será castigado; e, se um homem correto começar a pecar, ele não continuará vivendo. 13Se eu prometer dar a vida a um homem correto, e se ele começar a pecar porque pensa que a sua bondade passada o salvará, aí eu não lembrarei de nenhuma das boas ações que praticou. Ele morrerá por causa dos seus pecados.
Existem algumas lições interessantes neste pequeno trecho. A mais óbvia, que não dá margem às interpretações, é o fato de Deus mudar o destino eterno de um ser humano baseado nas suas ações presentes. Por mais bondoso e caridoso que uma pessoa tenha sido, a partir do momento que passa a não se arrepender de seus pecados, Deus não levará em conta suas boas obras como garantia de salvação.
Isso significa que Deus mudou de idéia? De jeito nenhum! Deus age por seus princípios e aqui vemos ao menos três deles:
Primeiro: mais uma vez a afirmação de não serem nossas obras que nos salvam da condenação eterna.
Segundo: Deus olha o nosso coração. Se eu começar a pecar por pensar que minhas boas ações me salvarão, meu coração se afastou de Jesus Cristo e não mais está alinhado com o plano de perdão instituído por Deus: arrependimento e crença no sague de Jesus Cristo.
Terceiro: Deus respeita nosso livre arbítrio, não há determinismo para Deus. Seus princípios e seus planos são eternos, mas seu julgamento e o cumprimento destes planos em nível pessoal sempre respeitam a decisão de cada ser humano.
Por isso devemos sempre nos lembrar de pôr em primeiro lugar o Reino de Deus, cuidando para que nosso coração (ou nossa alma) esteja alinhado com os planos do Senhor para nossa vida!
Na segunda parte desta lição, veremos o outro lado da história onde a misericórdia de Deus é enfatizada:
Ezequiel 33: 14-16
14Se eu avisar um homem mau, dizendo que vai morrer, e se ele parar de pecar e fizer o que é bom e correto — 15por exemplo, se devolver o objeto que lhe deram como garantia de pagamento de uma dívida ou se devolver o que roubou — se ele parar de pecar e seguir as leis que dão vida, ele não morrerá, mas viverá. 16Eu perdoarei os pecados que cometeu. Ele viverá porque fez o que é bom e correto.
Notemos que Deus reforça aqui seu desejo de que o pecador se regenere, se corrija e viva. Se não fosse assim, Deus não mandaria esse recado e simplesmente diria: “aquele que viveu em pecado já está condenado.” Graças a misericórdia e ao amor do Senhor pela humanidade, não é assim. Sempre que uma pessoa se arrepender e confessar Jesus Cristo, esta será perdoada e justificada por Deus, pois o arrependimento mostra que seu coração está novamente voltado para o Senhor.
Lembre-se que estamos realizando este estudo pelo velho testamento, quando Jesus Cristo ainda não havia se entregado por nós e o que valia era a Lei. Por isso, precisamos reforçar este ensinamento em João 11:
João 11: 25-26
25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; 26e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
Claro que Jesus Cristo repetiu este ensinamento, pois sendo Deus, age pelos mesmos princípios. Se Cristo não tivesse falado isso, precisaríamos realizar os sacrifícios previstos na Lei para o perdão dos nossos pecados! Glória a Deus! Aleluia! Estamos livres disto pelo sangue de Jesus Cristo!
Uma terceira parte desta lição nos remete à fé na perfeição e justiça de Deus. Vejamos o alerta que o Senhor deu a Ezequiel para que ele estivesse preparado quando fosse comunicar a mensagem aos israelitas:
Ezequiel 33: 17-19
17— No entanto, o seu povo diz que o que eu, o Senhor, faço não está certo! São eles que não estão certos! 18Quando um homem correto para de fazer o bem e começa a fazer o mal, ele morrerá por causa disso. 19Quando um homem mau para de pecar e faz o que é bom e correto, ele salvou a sua vida. 20Mas você, povo de Israel, diz que o que eu faço não está certo. Eu os julgarei por aquilo que fazem.
Nota: se Deus julgará “…por aquilo que fazem.”, então as obras importam? Sim, como já foi esclarecido: fazer boas obras para ser salvo é inútil, mas fazer boas obras porque somos salvos é uma bênção!
A teimosia do povo daquela época tornaria difícil a aceitação da mensagem. Ainda hoje vemos tal teimosia quando as pessoas procuram comparar a justiça de Deus com a justiça dos homens.
Devemos lembrar que o Senhor está sempre interessado em nosso coração (ou alma) que reflete nossas intenções. Somente Deus consegue aplicar esta justiça, pois somente Ele conhece nossa essência. Em termos práticos, se uma pessoa comete assassinato e é condenada pelos homens, esta pessoa vai para a cadeia. Porém, se ela se arrepende deste ato e confessa Jesus Cristo como seu salvador, ela permanece na cadeia, mas Deus garante que esta pessoa entrará no céu.
Difícil para nós, seres humanos, compreender isto, mas tenhamos fé e confiança na justiça de Deus, nosso Senhor.
Que o Espírito Santo tenha falado a você hoje.
Oremos:
Querido Deus, nosso pai eterno, Jesus Cristo nosso único salvador e Espírito Santo que nos auxilia na jornada, eu agradeço por mais este ensinamento que reforça a nossa fé em Jesus Cristo e na justiça infalível do Senhor. Dá-nos sabedoria e confiança Senhor, para continuemos seguindo o caminho que Jesus Cristo nos ensinou. Amém!